Testemunho a meus pais
Caí no mundo
com consciência
e poder de decisão
em colo estranho.
Me criaram num lugar
protegido
- ao máximo possível -
da hipocrisia
e da redução de pessoas,
sempre atiçando a curiosidade
do ser e do espírito.
O afluente do meu eu
desembocou
no mar da eterna dúvida
e, feito correnteza,
fluí na busca por respostas,
onde nunca interferiram.
Enquanto os outros
queriam ser alguém,
queriam ser iguais a seus pais,
escolhiam suas profissões,
tomavam suas escolhas,
eu aprendi a simplesmente ser:
de fazer o que dá vontade,
de fazer o certo
- e de que não há o certo -,
de arriscar o errado
e mesmo assim voltar
e avançar ileso
e a todo tempo
se perguntar os porquês.
Hoje,
seguro de si,
capaz de viajar dentro de mim
e traçar o caminho de volta:
me perceber;
capaz de viajar ao redor do mundo
e querer voltar:
o perceber.
E sobre as percepções,
externalizá-las
e estudá-las.
Mesmo que de vez em quando,
feito macaco em zoológico,
me pegue sendo meu pai,
outrora minha mãe
- afinal,
até geneticamente
todo filho
é meio pai,
é meio mãe -,
eu, ainda sim,
sou eu
e não me seria
se eles não fossem
quem são!
Caí no mundo
com consciência
e poder de decisão
em colo estranho.
Me criaram num lugar
protegido
- ao máximo possível -
da hipocrisia
e da redução de pessoas,
sempre atiçando a curiosidade
do ser e do espírito.
O afluente do meu eu
desembocou
no mar da eterna dúvida
e, feito correnteza,
fluí na busca por respostas,
onde nunca interferiram.
Enquanto os outros
queriam ser alguém,
queriam ser iguais a seus pais,
escolhiam suas profissões,
tomavam suas escolhas,
eu aprendi a simplesmente ser:
de fazer o que dá vontade,
de fazer o certo
- e de que não há o certo -,
de arriscar o errado
e mesmo assim voltar
e avançar ileso
e a todo tempo
se perguntar os porquês.
Hoje,
seguro de si,
capaz de viajar dentro de mim
e traçar o caminho de volta:
me perceber;
capaz de viajar ao redor do mundo
e querer voltar:
o perceber.
E sobre as percepções,
externalizá-las
e estudá-las.
Mesmo que de vez em quando,
feito macaco em zoológico,
me pegue sendo meu pai,
outrora minha mãe
- afinal,
até geneticamente
todo filho
é meio pai,
é meio mãe -,
eu, ainda sim,
sou eu
e não me seria
se eles não fossem
quem são!