Hora derradeira
A cada momento bom,
a cada sensação que descubro,
acabo transformando em poesia.
Há poesia
que escrevi durante um show,
ouvindo a música;
ao ler Nietzsche, Sartre e Camus;
ao reencontrar amigos
e relembrar a infância;
depois de ver
a exposição de Caravaggio;
ao tomar café da manhã
em um dia ensolarado;
ao me sentir e me criticar
ao experimentar o novo;
ao criticar o mundo
e reclamar da vida.
Meu maior receio
- e por isso antecedo
em pura ansiedade -
é que, na hora derradeira,
onde as luzes brilham
no processo de esgotar as energia,
ao me desligar de mim
e da minha consciência,
o momento seja êxtase,
e, lá,
surja a mais sublime poesia
que eu
jamais poderei escrever.
A cada momento bom,
a cada sensação que descubro,
acabo transformando em poesia.
Há poesia
que escrevi durante um show,
ouvindo a música;
ao ler Nietzsche, Sartre e Camus;
ao reencontrar amigos
e relembrar a infância;
depois de ver
a exposição de Caravaggio;
ao tomar café da manhã
em um dia ensolarado;
ao me sentir e me criticar
ao experimentar o novo;
ao criticar o mundo
e reclamar da vida.
Meu maior receio
- e por isso antecedo
em pura ansiedade -
é que, na hora derradeira,
onde as luzes brilham
no processo de esgotar as energia,
ao me desligar de mim
e da minha consciência,
o momento seja êxtase,
e, lá,
surja a mais sublime poesia
que eu
jamais poderei escrever.