Homem civilizado
Quatro horas da manhã.
Do lado de fora,
o mundo continua:
ignora minha existência,
tudo acontece
impulsionado pelo tempo;
mas eu,
eu tenho consciência
da minha própria existência
e, dentro de casa,
protegido
do que ainda resta de selvagem
no homem civilizado,
fico parado
de olhos fechados
sentindo que nada,
nada lá fora
depende de mim,
o que me permite,
simplesmente,
observá-lo.
Quatro horas da manhã.
Do lado de fora,
o mundo continua:
ignora minha existência,
tudo acontece
impulsionado pelo tempo;
mas eu,
eu tenho consciência
da minha própria existência
e, dentro de casa,
protegido
do que ainda resta de selvagem
no homem civilizado,
fico parado
de olhos fechados
sentindo que nada,
nada lá fora
depende de mim,
o que me permite,
simplesmente,
observá-lo.